sexta-feira, setembro 14, 2007

Ideias pela Ordem


Cumpri mandato e meio como dirigente da Ordem dos Arquitectos. Primeiro na direcção nacional (2002-2004), depois na direcção regional Sul (da qual me demiti, por discordar profundamente do caminho seguido).

Aprendi bastante – e nem todas as lições foram agradáveis, mas aprender é sempre útil. Aproximando-se as eleições para a Ordem, sinto que devo partilhar algumas ideias que considero pertinentes – sem pretensões, como contributo para quem as quiser acolher.


I. As premissas

Uma instituição tem de ser pensada a partir dos seus princípios e da sua missão. Estes devem ser assumidos (e defendidos) sem hesitações nem ambiguidades, e devem nortear a relação da instituição com os seus membros, a sua estratégia e as suas acções.

Nunca é demais repetir que a primeira obrigação da Ordem dos Arquitectos é para com a Sociedade. Esta hierarquização não é prejudicial para os arquitectos, porquanto a obrigação em causa é a defesa da Profissão.

O correcto exercício desta profissão beneficia a comunidade e é necessário para a concretização de direitos de cidadania. É por isso que se justifica falar do direito à Arquitectura como se fala do direito à Justiça ou aos cuidados de saúde.

É por isso que temos uma Ordem, em vez de uma (mera) associação profissional, que poderia limitar a sua agenda aos interesses restritos dos profissionais, não passando do registo corporativo. E é por isso, ainda, que a Sociedade nos confiou duas competências fundamentais: conferir o título de arquitecto e zelar pelo seu bom exercício da Profissão. Temos nestas duas atribuições o essencial da missão da Ordem.

Esta é uma ideia chave para pensar a Ordem dos Arquitectos, especialmente agora, que haverá candidatos a propor alternativas de futuro… e votantes a avaliá-las.


Dois mandatos depois

Nas eleições de 2001, a lista encabeçada por Helena Roseta (que o meu amigo João Afonso me convidou a integrar) tomou por lema “Mudar a Ordem das Coisas”.

Havia muito a mudar, e penso que é inegável que, nestes quase seis anos, a Ordem dos Arquitectos teve um papel determinante em mudanças positivas importantes. Numa óptica de futuro destacam-se três domínios onde a mudança era (e continuará a ser) necessária.

No primeiro domínio – o da agenda política da Ordem – ela foi lançada com êxito e tem de ser continuada. No segundo – o da revitalização interna – ela viveu de avanços e retrocessos, e importa relançá-la. E no terceiro domínio – o dos factores de desregulação do mercado de trabalho – a mudança está, largamente, por lançar.


Partilhar a causa

Ao longo de dois mandatos houve, a nível nacional, uma clara mudança na postura da Ordem, que clarificou a sua agenda política, centrando-a no direito à Arquitectura, expresso como pertinente para um universo mais vasto do que a classe profissional.

A partilha desta causa com a sociedade civil (que nos confiou dezenas de milhar de assinaturas em duas petições) foi crucial para abrir novas áreas à intervenção pública da Ordem, conferir maior autoridade ao seu discurso e, claro, deu um empurrão decisivo à revogação do famigerado 73/73, que se arrastava há décadas.

Processo esse que ainda não está concluído, e é verdade que algumas propostas sobre a mesa são motivo de alguma apreensão. Mas ele está, finalmente, aberto, e a Ordem pode (e deve) abordar as negociações em curso com uma credibilidade acrescida.


Funcionar

Esta nova postura foi secundada por uma revitalização interna da Ordem.

Na Admissão e na Disciplina houve um trabalho assinalável, mau grado a polémica em torno dos regulamentos de admissão e a sensação crónica de inacção disciplinar (que, pelo menos a Sul, uma análise atenta dos dados pode desfazer).

No resto, houve avanços e retrocessos. As secções regionais tinham um papel fundamental a desempenhar, e a Sul (só falo do que conheço) este mandato não deu sequência aos progressos do anterior. É difícil encontrar um salto qualitativo no apoio à prática, na formação, nos concursos, na relação com as autarquias, no apoio às delegações e núcleos, ou na intervenção pública (onde se registou um silêncio por vezes revoltante…). Alguma coisa se fez, mas uma organização com meios faz sempre “algo”, a questão é saber se faz o que deve.

Houve uma Trienal, é certo. Mas esse evento foi a escolha errada do caminho mais fácil. A direcção do Sul optou por “cavalgar” a crescente relevância mediática da Arquitectura, em detrimento dos seus compromissos eleitorais, das necessidades dos membros e de outras tarefas tão ou mais importantes para a sua missão. “Promover a Arquitectura” é de facto uma das atribuições da Ordem. Mas há várias formas de o fazer, umas mais consistentes e outras mais superficiais e perversas – como esta, redutora no estilo, cristalizadora nas personagens e transmissora de uma imagem distorcida da profissão.


Regulação do mercado

Por fim (mas não menos importante), uma terceira mudança está largamente por concretizar: a intervenção da Ordem no domínio dos factores de desregulação do mercado de trabalho.

Dir-se-á que a Ordem não é um sindicato nem uma entidade reguladora da actividade económica. É verdade. Mas também é verdade que a Ordem não se pode alhear destes factores, porque eles interferem com o exercício da profissão, e estão a montante de problemas com que mais cedo ou mais tarde a Ordem terá de lidar.

Aqui – tanto no plano nacional, como regional – o balanço não é positivo.

Vemos pouca ou nenhuma mudança no concursamento da encomenda pública. Vemos um mercado que é ciclicamente inundado de estagiários gratuitos. Vemos que muitos colegas no sector liberal vivem como os antigos trabalhadores rurais, a trabalhar “à jorna”. Vemos que as sociedades de arquitectos permanecem completamente fora do radar da Ordem, permitindo todo o tipo de promiscuidades (ao contrário do que se passa, por exemplo, com os advogados).

Não podiam abrir-se muitas frentes de combate ao mesmo tempo – mas esta tem de ser aberta no próximo mandato.


Continuidade de quê?

O futuro reserva-nos, em partes iguais, ameaças e oportunidades, que terão um impacto profundo no exercício da profissão. Se não souber renovar os seus esforços, a Ordem fará parte do problema.

Mais cedo ou mais tarde sentiremos na pele, por exemplo, os efeitos directos e indirectos do novo regime jurídico da urbanização e edificação, ou do novo regime de qualificação dos profissionais, ou do novo regime dos instrumentos de gestão territorial. Ou, simplesmente, da contínua degradação das condições de trabalho.

Avizinham-se eleições, e com elas os programas… e as promessas. E agora? O que é que deve servir de base à elaboração de cada projecto, pelos candidatos, e à sua avaliação por todos nós, membros eleitores?

A experiência demonstra que, em organizações com a Ordem, nem a mudança das pessoas muda as práticas, nem a afinação das práticas depende da continuação das pessoas.

Penso, por isso, que o que é relevante aferir não é tanto a continuidade ou descontinuidade de pessoas e grupos (usada como pedigree por uns ou álibi por outros…), mas a existência de um programa que tenha fôlego reformista, que seja coerente com a verdadeira missão da Ordem, e que saiba fazê-lo através da resposta às necessidades concretas dos profissionais. E que, assuma princípios claros, não se resumindo a uma lista de promessas requentadas ou de queixas correntes.

28 Comments:

Blogger AM said...

recebi um convite... penso que é seu (como não linka na ponta do comentário...)
parabéns pela clareza com que expõe os seus pontos de vista
algumas (poucas) discordâncias aqui e ali... na descentralização, na "agenda política"...
felicidades para o novo blogue
que possa continuar para além das presentes "circunstâncias"...

11:40 da tarde  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Meu caro: palavras para quê?!
Independentemente das suas, tuas bem intencionadas palavras (aqui na "caserna" tratamo-nos por "tu"...)
O melhor "serviço" que a Ordem dos Arquitectos Portugueses poderá prestar aos membros e ao país, será assumir definitivamente a sua inexistência.
A partir desse momento poderá haver lugar ao "recomeço".
(...)Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.(...) Miguel Torga

De boas intenções, meu caro, está o inferno cheio. E eu também.
Abraço,
Gonçalo Afonso Dias

2:27 da manhã  
Blogger Pedro Homem de Gouveia said...

Penso que não se trata de assumir uma inexistência, mas uma distância, entre a missão e os actos, distância essa que depois de se encurtar, volta a crescer.

Para vencer essa distância, dar os passos em liberdade, e não descansar sem antes alcançar.

12:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

gonçalo,

vai um PROZAC???

para ver se a coisa anima...

1:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

gonçalito e um bocadinho de lítio? como já diziam os amigos monty python:
Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse.
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing.

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow.

So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath

Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true.
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you.

And always look on the bright side of life...
Always look on the right side of life...
(Come on guys, cheer up!)
Always look on the bright side of life...
Always look on the bright side of life...
(Worse things happen at sea, you know.)
Always look on the bright side of life...
(I mean - what have you got to lose?)
(You know, you come from nothing - you're going back to nothing.
What have you lost? Nothing!)
Always look on the right side of life...

Que tal votar? Vou-lhe contar um segredo... pode votar, o voto é uma afirmação do agrado ou desagrado, o voto faz com que algo mude, democrácia (rings a bell??)
Muro das lamentações só mesmo em Jerusalém.
Reaja agindo. Aja votando. Não é muito dificil pois não?

10:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Pedro:

Aonde se pode ler o programa da resistência do sul encabeçada pelo nuno malheiro da silva?

10:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Resistência do Sul encabeçada"? Já anda tudo à cabeçada?

9:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

o blog do Nuno Malheiro está em http://porumaordemprofissional.blogspot.com

9:45 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

a cada cartada os actuais dirigentes da oa de norte a sul, mostram cada vez mais a inexistência de fair-play. o dito carlos guimarães, aka marioneta, só demonstra a falta de imparcialidade ao aceitar pareces juridicos de uns e a excluir a candidatura do nosso Manel Vicente. Quando não se sabe perder, joga-se sujo!

10:32 da tarde  
Blogger Pedro Homem de Gouveia said...

Caros visitantes: vamos pôr de parte insultos pessoais, e discutir factos, ok?

Quais são os factos? E quais são os argumentos?

10:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A Norte, existe uma alternativa:
http://na-ordem.blogspot.com/

Pedro Aroso
1311-N

3:34 da tarde  
Blogger Pedro Homem de Gouveia said...

Caro Pedro Aroso,

Agradeço a sua visita, que muito me honra. Integro a lista C, como candidato ao conselho directivo nacional - integro em princípio... vamos ver onde nos leva esta embrulhada jurídica, que era perfeitamente dispensável, assim houvesse bom senso.

4:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Recapitulando, para que fique CLARO:
1) O conselho directivo nacional pediu um parecer jurídico para esclarecer DOIS pontos dos estatutos que poderiam levantar dúvidas na aceitação de listas. Que poderiam levantar e que levantaram de facto, como se verifica.
2) Este parecer jurídico veio esclarecer questões relativas às 3 (TRÊS) candidaturas.
3) Este parecer jurídico foi entregue, em devido tempo, ao Presidente da Mesa, que NÃO LHE LIGOU NENHUMA e decidiu, qual justiceiro, ao arrepio da opinião de um eminente professor catedrático de Direito Administrativo, pôr a votos o que era um direito elementar. Nota: em democracia vota-se tudo, MENOS os direitos elementares...
4) Não está em causa por isso uma candidatura ter usado as quotas dos sócios para se beneficiar. Dizê-lo é manifesta MÁ FÉ e uma acusação de grande CINISMO, vinda, vejam só, de quem anda a viver e a promover-se à conta das nossas quotas.
E assim vamos alegremente, cantando e rindo, enquanto a ganância de quem anda a chular a ordem nos arrastará a todos para os tribunais.

11:05 da manhã  
Blogger Pedro Homem de Gouveia said...

Li atentamente o parecer jurídico encomendado pela Ordem.

Pese embora toda a estima e respeito que tenho pelos colegas que integram a Comissão Eleitoral (incluindo o Arq. Carlos Guimarães) parece-me óbvio que no momento de admissão das listas a prudência mandava, no mínimo, que a comissão pedisse outro parecer.

Nunca (nunca!) devia ter decidido pelo voto uma questão tão complexa e controversa, que mexe (como alguém já comentou) com direitos elementares, ao arrepio de um parecer encomendado pela própria Ordem...

Isto é o essencial. O resto (quem encomendou o parecer, quem o deu ou não a ler, etc.) é, com o devido respeito, matéria (apesar de tudo) secundária, que neste momento de tensão devemos ter a maturidade de reconhecer não é relevante para resolver o imbróglio "jurídico-eleitoral".

É uma pena que o processo eleitoral da Ordem dos Arquitectos tenha de seguir o caminho dos tribunais, mas, em boa verdade, pior seria deixar passar em branco esta situação.

A credibilidade de uma instituição como a Ordem junto da sociedade em geral e dos seus membros em particular não se coaduna com dúvidas deste género.

Não faço processos de intenção, e apelo aos colegas que não os façam também. Se houve erro, que ele seja assumido e corrigido.

Não deixemos estas eleições abrir fracturas insanáveis entre colegas. A bem da Ordem, da profissão e dos laços de camaradagem que ainda existem entre alguns de nós.

2:41 da tarde  
Blogger AM said...

Espera lá...

"A credibilidade de uma instituição como a Ordem junto da sociedade em geral e dos seus membros em particular..."

eh, eh, eh, boa piada!

As "facturas insanáveis entre colegas" existem e existirão independentemente do actual "espectáculo" do processo eleitoral em curso (adiante designado como PEEC).

Eis algumas:

"públicos" VS "privados"
"patrões" VS "contratados"
"patrões" VS "esverdeados"
"inscritos" VS "não-inscritos"
"senhores" VS "escravos" - vulgo estagiários
"norte" VS "sul" - sim, ainda...
"Capital" (e Invicta) BS "paisagem" (e deserto...)
"Capital" VS "mão-de-obra" barata - que barato!...
"artistas" VS "ta-rafeiros"
etc.

Arrisco-me mesmo a escrever que sem a diversidade e a fartura das "facturas", apenas existe o (Portugal) mais "pequenito" e serôdio dos corporativismos para a Ordem... "orden(h)ar". Podem (e devem) existir diferentes maneiras de entender as "funções" (e os "limites") de uma Ordem dos Arquitectos e (supostamente...) devia ser para "isso" (e não para a "luta dos galos"...) que se "alternam" diferentes candidaturas aos mesmos... "postos". Relembre-se o "episódio" da TAL... Curiosamente e tanto quanto tive "estômago" para ler os "pareceres" (e algumas postas...) nenhuma lista se pronuncia sobre a "experiência" (piloto!) da TAL, preferindo as chachadas generalistas do costume que dão (depois de eleitos...) para todos (os deles...) lados. Não tem graça nenhuma - mas não deixa, lá por isso, de ser engraçado... - constatar a falta de imaginação (verbal? "conceptual"?...) dos colegas proponentes que "reclamam" e "replicam" (em pelos menos duas listas...) o mais banal dos "lugar-comum" (também) da (outra) política: O "lugar-comum" do NOVO CICLO! Bah!... (ada-merda!) Ainda não perceberam (ou não querem perceber?...), as consequências da abertura da "caixa de pandora" que foi a "liberalização" (hurra!) do "ensino" da arquitectura, perdão (sem ofensa para quem não se sinta ofendido...), o ensino da produção de "renders" 3D a baixo (ou nulo...) custo para as sociedades de arquitectura "institucionalizadas" no (pois...) "mercado"?"

A bem da ordem"?...

Viva o PEEC...

9:11 da tarde  
Blogger Pedro Homem de Gouveia said...

Caro AM:

Das fracturas entre colegas: sim, existem muitas fracturas na nossa classe: essas que refere e outras mais, muitas mais. A mim não me verá a tapar o sol com a peneira - em ambos os sentidos da palavra peneira ;-)

Dos programas eleitorais: nada do que vi até agora me parece novo. Já quanto à sinceridade das promessas não faço julgamentos de intenção. Não deixo de achar curioso, todavia, que o programa eleitoral da Lista A para o SUL não passe de um autêntico regurgitar de promessas anteriores (dessas eu lembro-me, porque ajudei a escrevê-las... agora já está a ver porque é que me demiti?).

Da TAL: fala da Trienal, não é? Pois, sobre isso já disse o que tinha a dizer: numa assembleia geral do sul, na cara dos interessados; no conselho directivo regional, na cara dos interessados; no meu blogue, novamente na cara dos interessados.

Sabe porque é que a TAL não vem no programa? Porque como o futuro poderá vir a demonstrar, a Ordem mais não serviu do que barriga de aluguer/ rampa de lançamento (escolha a metáfora) para um projecto pessoal. Por isso é que quando lê o programa do Sul vê, neste ponto, "colaborar com". Aquilo já tem dono, percebe? TAL& qual...

Da liberalização do ensino da Arquitectura: não tenho uma opinião tão favorável sobre o que se passou nesse campo. E devo dizer-lhe, com toda a sinceridade, que tenho muita pena que a Ordem não possa fazer exames de acesso a todos os membros. Não nos moldes em que os estava a fazer (no devido momento discordei e propus outros). Mas a bem do rigor (oops, só esta palavra já vai dar azo a outro comentário seu, não?).

Do ensino da produção de renders 3D: esta não consegui atingir (digo-o sem ironia, a sério). Será que me pode explicar?

Numa coisa estamos inteiramente de acordo, parece-me: as questões do mercado profissional mexem com aspetos fundamentais do exercício da profissão, e a Ordem não pode ignorá-las, correcto?

Um abraço... Afinal, somos todos PEECadores, não é?

9:41 da tarde  
Blogger AM said...

muito bem, temos bloga :)

poucos reparos e um ou outro complemento...

sobre a TAL (sim a TAL do Vazio), muito "lá" se escreveu... curioso, como eu para "lá" (quase) sozinho, escavando, escavando, fui chegando às mesmas suspeitas/conclusões que agora se parecem confirmar

a minha opinião sobre a "liberalização" do ensino da arquitectura (ou, já agora, de qualquer outro) não tem nada de "favorável" (estava - hurra! - a ser irónico...)

quanto ao "substrato"... a ordem não é (ou não deve ser) um "garrote" à saída da escola e à entrada no mercado de trabalho

licenciado, licenciado é (como no meu tempo), inscreve-se e tenta a sua sorte como muito bem, e se assim, o entender

a ordem não é uma escola "superior", não lhe compete "aprovar" ou "reprovar" arquitectos licenciados com licenciaturas reconhecidas

quanto ao ensino "3D"... confesso que falo "ligeiro", mas tenho a "impressão" que as escolas não formam arquitectos mas desenhadores de CAD... o que aliás (com alguma ironia à mistura...) não faz mal nenhum... como arquitectos-desenhadores tem mais hipótese (melhor só como pedreiro-arquitecto...) no "mercado"

um PEECador se confessa... :)

um abraço

10:41 da tarde  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Já não passava por aqui há algum tempo...
O que são "anónimos"? Dizem coisas e tudo?!
Cresçam e pode ser que ainda apareçam.

1:11 da manhã  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

...E já agora, queridos anónimos, enfiem os Prozac's no cu!

1:08 da manhã  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Gostaram? Cobardes "anónimos"?!
Depois da minha "recomendação" ficaram tão sossegadinhos nos vossos confortáveis estábulos...
Assim, amiguinhos, não correm o risco de apanhar a "Língua Azul".
Escusam de me agradecer. Estou sempre na primeira linha das acções humanitárias. É uma verdadeira vocação.
Beijinhos...

2:31 da manhã  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

É verdade! Esqueci-me desta última recomendação:
Aproveitem bem o fim-de-semana prolongado para porem as vossas "quecas" em dia... Deixem lá os manuais de arquitectura por um bocadinho...
Tratem lá da vossa ejaculação precoce. Boa Sorte.

2:37 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Quanto às eleições na Ordem, e tendo em conta que fez parte de orgãos directivos da mesma, que explicação deram os responsáveis pelo Inquérito à Arquitectura Portuguesa do Séc. XX pela publicação miserável e pobre de conteúdos que apresentaram, sobretudo quando comparada com o volume da editora Blau intitulado "Arquitectura em Lisboa e Sul de Portugal desde 1974"? Tinha esperança que a Blau publicasse outros volumes relativos ao resto do país, já que o tão publicitado Inquérito apresenta pouca e má informação sobre as poucas obras seleccionadas.
Se era para se compararem com o Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa, obra datada e declaradamente incompleta (pelos próprios autores), ficaram a milhas de distância, já que as equipas desse inquérito eram compostas por arquitectos sérios, com obra e capacidade analítica reconhecida e não por compadrios, e porque nesse inquérito foi feita uma análise doobjecto de estudo e não apenas um inventário de obras sem qualquer informação crítica de interesse.
Dinheiro gasto para fazer uma lista muito incompleta com data, local e nome de autor?
Deviam ter-lhe chamado Inventário e não Inquérito.
Gonçalinho, uma coisa é sentirmo-nos injuriados, outra coisa é perdermos a razão ao sermos ordinários.
E não, não fui eu quem fiz os comentários.

5:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

IAPXX? Boa pergunta, mas um bocadinho ao lado, ó anónimo...
se acha que cientificamente está uma treta, deverá dirigir a pergunta à candidata a vice-presidente do Rodeia, a Ana Tostões, que foi a coordenadora científica (bastante descoordenada, segundo nos disseram).
se acha que houve pouco trabalho de campo, fale com o Zé Manel Fernandes, que usou e abusou do carro alugado pela ordem para fazer muitas e muitas dezenas de km em excesso, não se sabe para ir onde... estaria a fazer um inquérito à arquitectura popular do Azerbeijão?
Esse também está na lista A, tal como o Toussaint. que também andou "no terreno"... e que agora também anda na lista A.
E etc... achamos que não vale a pena gastar muito tempo nestas conversas

11:45 da manhã  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Gostei do "gonçalinho". Gosto muito de mimos.
Quanto a "perder a razão" e "ser ordinário" é um lugar tão comum (ordinário, portanto)que não me merece qualquer reflexão.
Por outro lado, não vejo razão para ter pena de perder uma "coisa" que não sei o que é nem quem decide se é ou não é.
Bom Natal para todos.

6:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

foda-se! cambada de atrasados mentais do caralho!

12:01 da tarde  
Blogger Pedro Homem de Gouveia said...

Sr. Palhaço Anónimo das 12:01

Não sei se o insulto me é dirigido.

Em todo o caso, fique sabendo que NÃO vou apagar o seu comentário, para que fiquem claras para quem visita este blog duas coisas:

primeira, que NENHUM comentário será apagado;

segunda, que ele aqui fica como monumento à sua capacidade de participação no blog.

Pode mais ninguém saber quem o escreveu, mas você sabe - é quanto basta para se sentir um bronco e ter vergonha de si mesmo, e isso chega-me.

Volte sempre.

8:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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